domingo, 29 de novembro de 2009

Da poesia um tormento

O céu serviu-lhe testemunha
O mar de confessionário
Gritou alto,forte e com vontade
Espalhou pelo vento que não mais te amava
Espalhou com o tempo o amor que sempre te dava
Fez de tudo um momento do qual se livrava
Da tortura um tormento no qual te buscava
Da lamúria um sentimento sobre o qual dançava
O amor
Brilhou no firmamento
Sereno,abatido enquanto soluçava
Gritou para o vento que não mais te amava
Pediu para o tempo um amor que te dava
Carregou no momento do qual se livrava
Da poesia um tormento no qual te buscava
Da cantiga um sentimento sobre o qual dançava
O amor
Agora é um lamento.
Repetiu tudo acima
Enquanto chorava
Decidiu sentimento
Por não mais amava
Fez da dor um alento
Fez do tempo atento
O que mais procurava
O amor
Toda a dor
Se mostrou sofrimento
Que nunca curava
Destruindo o monumento
Onde tu repousava
Exibiu um lamento
Fez do tempo momento
Ahhhh
Um Amor
Doce Amor
Triste Amor.

Debaixo do braço

Debaixo do braço
Um caderno surrado
Um lápis mordido
Um amor escorraçado
Um desejo doído
Um coração despedaçado
Debaixo do braço
Um abraço polido
Um carinho atrasado
Um peito vazio
Um pavor mal curado
Um vento sombrio
Debaixo do braço
Um abraço apertado
Um sorriso calado
De quem ama calado
De quem sofre apertado
Debaixo do abraço
Do braço
De todo o resto.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009




Combinação perfeita.

Vídeo - Moptop - Tempo Perdido







Para minha uma das melhores versões desta música que eu ouvi.

Chuvendo

Silêncio
Agora toca o telefone
Ouço também a fina garoa
Caindo lentamente lá fora.
Aqui dentro,o suspiro de uma madrugada
Improdutiva de certo
Infeliz de longe.
Olho o teto
Enxergo longe
Você,seus olhos.
Sua maquiagem negra
Me fascina.
Silêncio
O telefone outra vez
Não quero atender
Parou agora.
A garoa agora tornou-se chuva
Cai pesada
Atrapalhando meu sonho
Sonho eterno com você.
Estou acordado
Agora carrego em mim
Uma dor triste,
Um pesadelo desconcertado.
Chove forte ainda
Começou a trovejar também
Um relâmpago se propaga azul saindo
Quarto a dentro.
No meio desse temporal
Fiz outra prece desesperada
Pedi ao meu anjo da guarda
Que me acertasse com a sua espada
Para que mate em mim a paixão desgraçada
E para que assim eu possa finalmente amar minha nova amada
De olhos fortes,de maquiagem negra.
Perfeita para mim.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Nada além de mim

Minha vida era nada além de ilusão.
Minha
alma era nada além de vazio.
Minha
paixão era nada além de vaidade.
Minha
sensibilidade era nada além de solidão.
Minhas
memórias eram nada além de areia.

sábado, 14 de novembro de 2009

Estranho

Sinto-me estranho esses dias
Sem vontade de sorrir
Preso nos meus medos mais
Infantis
Eu sei
Queria poder correr por aí
Sentir o vento no meu rosto.
A renovar meu espírito.
Não estou bem.
É fato.Acaso.Complicado.
Não tenho motivos para estar assim
Foi tudo um sonho bom esses últimos meses.
Sonho de se sonhar acordado.
Dormindo e deitado.
De todos os lados.
De todos os sorrisos.
Gritos outrora alegres,
Parecem-me súplicas dissoantes.
Gritos de lamúria.
Desespero.
Espero.
Os dias correm sem problemas
Os transtornos são contornados
Um por um.
De todos os olhos
Eu queria ver os seus outra vez.
Descobri que eles são mágicos.
Lindos.
Mesmo que você ache estranho.
Estou começando a me recuperar.
Você me faz um bem incrível.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Voa Asdrúbal

Pobre era o pato Asdrúbal
De dona Helefinha
Era um quack-quack-quack sinistral
Pra lá,pra cá.Ele vinha.
Manchado da cara ao rabo,
O pobre Asdrúbal sonhava voar.
Chegava a ser obcecado.
E quackquackquacká pra lá sem parar.
Um belo dia
Asdrúbal sorrateiro.
Viu como um passarinho fazia.
Ele entrou no galinheiro.
Sentia uma certa nostalgia.
Arribou-se pra cima de um puleiro.
E foi ali que acabou-se o seu dia.
Asdrúbal estatelou-se no chão,
Que de bico rachado ficou,
Além de pato,era bobão.
Asdrúbal quieto,chorou.
Um choro inconsolável
Que mais parecia o quack-quack-quack sinistral
Do começo da história.
Voa Asdrúbal.
Hoje ele continua tentando
Voar por cima da cerca de dona Helefinha.
Certo de que um dia irá conseguir tal façanha.
Ele não para,Ele não desiste,Ele persiste.
Nunca tinha visto algo assim.
Aliás,até tinha visto.
Ele me lembra um certo cara,
Que de teimoso que era,
Mirou a lua,
E abraçou a terra.
Voa Asdrúbal.
Até os confins do universo.
Quack!

sábado, 7 de novembro de 2009

Homem Bicho,Bicho Homem.

Num mundo
De canalhas,
Quem tem
Bom caráter,
É - o - t - á - r - i - o -.

Viva o homem
Canalha,
Que não respeita a si mesmo,
Tornando do que era
Homem
Bicho,
Bicho
Homem

Canalha.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Música - O que me importa - Tim Maia

O que me importa
Seu carinho agora
Se é muito tarde
Para amar você...

O que me importa
Se você me adora
Se já não há razão
Prá lhe querer...

O que me importa
Ver você sofrer assim
Se quando eu lhe quis
Você nem mesmo soube dar
Amor!...

O que me importa
Ver você chorando
Se tantas vezes
Eu chorei também...

O que me importa
Sua voz chamando
Se prá você jamais
Eu fui alguém...

O que me importa
Essa tristeza em seu olhar
Se o meu olhar tem mais
Tristezas prá chorar
Que o seu!...

O que me importa
Ver você tão triste
Se triste fui
E você nem ligou...

O que me importa
Seu carinho agora
Se para mim
A vida terminou