quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Texto - Sobre estar só

Me perdoem os que amam mas esse texto é sobre estar só.Eu sei,que das coisas por onde andei,a solidão foi minha única companhia.A alegria ficou no caminho,e o amor recusou-se a vir comigo.A amizade,apavorada com meu destino,mantinha contato apenas por carta.Mas a solidão não,ela esteve comigo o tempo todo,o tempo todo ela cuidou do meu coração,sem cobrar nada em troca...Achava eu.A solidão,mesmo sem alardear,mesmo sem me mostrar,cobrou-me sutilmente o seu preço pelo meu cuidado.Ela cobrou meus anseios,minhas esperanças,tomou de mim a companhia de todos os outros sentimentos,de tudo que era importante.Ao poucos,foi me dominando e me amando,de um jeito único,singular.Iludido eu,não consegui me desvencilhar de seu corpo,de suas entranhas,e assim a solidão solidificou-se em mim.Em meus pensamentos,em todos os momentos.Ela impediu-me de ser eu mesmo.Me deu outro contorno.E com isso outras deformidades.Implicou um jeito peculiar de escrever,de sentir,me iludi : estar só me fez algo que nunca sonhei um dia ,como se a poesia,estendesse a mão,para me acompanhar.E tomou de súbito o que era escrito meu,para escrito dela.A solidão que tanto me amou,que tanto eu amei,se tornou algo que eu não conseguia mais suportar.Como abandonar algo que te fez tão bem?Mas ela me cobrou muito também!Cobrou minha vida,minha alegria,meu amor,meus sonhos,minhas vontades,meu tudo.A solidão,tão amada solidão,agora me fazia mal.Tornou-se efêmera,cruel.Sendo assim,sobre estar só,eu os aviso:Não há como escapar da solidão,quando se está só!Ela,a solidão,te cobre de amor e atenção,em troca da sua vida e quando você se der conta
,ela será parte de você pro resto da sua vida.A minha solidão escreveu os versos mais tristes sobre você.

Sem Título 7

Tudo o que eu queria era fazer você feliz.
Todos os anseios,desejos, e até os devaneios...eram sonhos bons.
E foi passando o tempo,carregando os anos e
Meu amor foi ficando,
E ficando,foi morrendo,
E morrendo ele,louco eu.
Fiquei louco por sonhar todos os dias
Com teu beijo,teu abraço apertado.
Louco eu,perdi a vontade de respirar
O ar puro da manhã
Louco eu,perdi a noção do tempo,
E passaram-se 100 anos e eu fiquei aqui e só.
Louco eu,escreví uma carta ao senhor da vida,
Para que dela,ele me livrasse,
Não porque viver 100 anos,
Se forem 100 anos sem teu amor.
E carregado da minha loucura,
Desse meu desejo,
Desse meu rancor,
Dessa minha agonia,
Afogo-me em minhas próprias letras,
Traduzindo todo esse sentimento
Para o papel,que atordoado de meu amor,
Recusa essas letras de amor por você.
E acaba assim mais um dos escritos,
Que tem você como princípio
Que tem tua falta de amor como motor
Que tem minha incapacidade de parar de te amar
Que tem tudo,
Menos os teus lábios.

domingo, 20 de setembro de 2009

Noite

Som bom invadindo os ouvidos
Ao montes
Meiga voz doce e melódica
Que encanta,espanta para longe a apatia
Trazendo sua simpatia
Para aqueles que vieram de longe
Sonho bom de se sonhar
Sonho bom de se viver
Música boa aos tubos
Noite perfeita ao cubo
O coeficiente seria maior
Se eu tivesse te beijado, amor.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

My Little Sister

Porque sua amizade me faz tão bem?
Porque teus conselhos,desejos
São de consciência pura
E efeitos imediatos?
Gosto tanto de você,
Que te escolhi de minha irmã.
De essência e pele diferentes.
Mas o coração,ahhh o coração é igual!
Pulsa e vibra os mesmo sentimentos!
Quando seus olhos me vêem,
Me entendem de bate-pronto.
Da mesma forma,vejo você,
Seu sorriso me conta suas idéias.
É como se fossêmos ligados
Irmãos separados,
Unidos em desabafos,
Em consolos,ombros amigos.
Que você nunca perca seu sorriso que é tão espontâneo.
Que seus olhos claros nunca percam esse brilho intenso.
E se me perguntares,
O que me motivou a escrever pra você?
Direi-te apenas,
Que foi tudo espontâneo,
Momentâneo,
As palavras simplesmente brotaram em minha mente
E cairam no meu papel.
Adoro você minha irmã branquinha.

sábado, 12 de setembro de 2009

O Dia que (des)Espero.

No dia
Em que te amar
For realidade
Buscarei em minha saudade
Os sentimentos
Que guardei por você.
No dia
Que te beijar
For lugar-comum
Serás feliz como nunca te fizeram nenhum
Dos outros
Que amaram você.
No dia
Que tuas mãos
Alcançarem as minhas
Que quiserem minha companhia
Eu estarei lá por você
Seja dia ou noite,primavera ou outono.
E finalmente querida
Quando chegar esse dia
Te mostrarei o que de
Mais belo eu guardo
Somente por você :
Minha Vida!

A caneta e o papel

O fato foi que me deixei levar
Cobrí tu corpo de carinho
Por vontade própria
Desejo exclusivo meu
Dei-te toda a essência
Da mais pura veemência
Que um amor platônico
Pode ter.
Fui escravo do teu espaço
Foste corpo do meu desabafo
E agora me pego perdido
Riscando seu nome
Expondo minha dor em outras
Linhas
Afinal,
O amor entre
A caneta
E o papel
É intenso,
Porém efêmero.
Quanto mais te amo
Menos te tenho.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Céu de azul saindo

De todo o pleno gozo da vida
Onde sereno impera o desejo implícito
Rápido,foge o espírito
Amor,que por tí guardo num vaso sombrio

Disto hei de me lembrar
O último suspiro do sol de meu amor
Raiou laranja no céu de azul saindo
Assim levantou-se,astro rei e foi no céu se expandindo

Tratar de coragem,amor e fé
Eu que nunca fui de andar sem deles

Ando perdido de mim mesmo
Matando-me de pouco a pouco
Orgulhando a vontade,o desejo e o meu amor.

No silêncio do meu coração

Pode-se dizer que eu te amei
Te amei ontem,anteontem e antes disso também
Te amei de segunda à sexta,sábados e nos domingos às vezes
Cada segundo,minuto,hora do meu ar,foi pra você
Cada suspiro,
Respiro,
Foi para te amar.
Para alegrar-te,eu cantei
Fui seu palhaço,
Motorista,
Todo tipo de artista,
Só para te amar.
Quis sempre ser o melhor para você
E com isso fui o melhor de mim
Cada sorriso
Abraço
Olhar discarado
Foram para demonstrar meu afeto.
Sincero
Por causa dos seus olhos
De castanho púrpura.
Pode-se dizer que eu te amei
Pode-se dizer que fui teu
De maneira sutil,foste dona do meu coração.
Sentia você em cada pulsar,
Cada vibração.
E com isso,minha flor querida,
Guardarei você,e meu amor por você,
Em minha alma,
Te levarei para sempre junto ao meu pensamento.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Poema 20

O áudiopoema de Pablo Neruda.

Poema 20


Pausa para Neruda 2

O teu riso

Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.

Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.

A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.

Meu amor, nos momentos
mais escuros soltam teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.

À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.

Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.

(Pablo Neruda)

Pausa para Neruda!

Del libro 20 poemas de Amor y una canción desesperada
Pablo Neruda
Premio Nobel de Literatura 1971


Poema 20

Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Escribir, por ejemplo: " La noche está estrellada,
y tiritan, azules, los astros, a lo lejos".
El viento de la noche gira en el cielo y canta.
Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Yo la quise, y a veces ella también me quiso.
En las noches como ésta la tuve entre mis brazos.
La besé tantas veces bajo el cielo infinito.
Ella me quiso, a veces yo también la quería.
Cómo no haber amado sus grandes ojos fijos.
Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Pensar que no la tengo. Sentir que la he perdido.
Oír la noche inmensa, más inmensa sin ella.
Y el verso cae al alma como al pasto el rocío.
Qué importa que mi amor no pudiera guardarla.
La noche está estrellada y ella no está conmigo.
Eso es todo. A lo lejos alguien canta. A lo lejos.
Mi alma no se contenta con haberla perdido.
Como para acercarla mi mirada la busca.
Mi corazón la busca, y ella no está conmigo.
La misma noche que hace blanquear los mismos árboles.
Nosotros, los de entonces, ya no somos los mismos.
Ya no la quiero, es cierto, pero cuánto la quise.
Mi voz buscaba el viento para tocar su oído.
De otro. Será de otro. Como antes de mis besos.
Su voz, su cuerpo claro. Sus ojos infinitos.
Ya no la quiero, es cierto, pero tal vez la quiero.
Es tan corto el amor, y es tan largo el olvido.
Porque en noches como ésta la tuve entre mis brazos,
mi alma no se contenta con haberla perdido.
Aunque éste sea el último dolor que ella me causa,
y éstos sean los últimos versos que yo le escribo.

POEMA 20 -Vinte poemas de amor e uma canção desesperada. -

Português :

Posso escrever os versos mais tristes esta noite
Escrever por exemplo: A noite está fria e tiritam, azuis, os astros à distância
Gira o vento da noite pelo céu e canta
Posso escrever os versos mais tristes esta noite
Eu a quiz e por vezes ela também me quiz
Em noites como esta, apertei-a em meus braços
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito
Ela me quiz e as vezes eu também a queria
Como não ter amado seus grandes olhos fixos ?
Posso escrever os versos mais lindos esta noite
Pensar que não a tenho
Sentir que já a perdi
Ouvir a noite imensa mais profunda sem ela
E cai o verso na alma como orvalho no trigo
Que importa se não pode o meu amor guardá-la ?
A noite está estrelada e ela não está comigo
Isso é tudo
A distância alguém canta. A distância
Minha alma se exaspera por havê-la perdido
Para tê-la mais perto meu olhar a procura
Meu coração procura-a, ela não está comigo
A mesma noite faz brancas as mesmas árvores
Já não somos os mesmos que antes havíamos sido
Já não a quero, é certo
Porém quanto a queria !
A minha voz no vento ia tocar-lhe o ouvido
De outro. será de outro
Como antes de meus beijos
Sua voz, seu corpo claro, seus olhos infinitos
Já não a quero, é certo,
Porém talvez a queira
Ah ! é tão curto o amor, tão demorado o olvido
Porque em noites como esta
Eu a apertei em meus braços,
Minha alma se exaspera por havê-la perdido
Mesmo que seja a última esta dor que me causa
E estes versos os últimos que eu lhe tenha escrito.

(Pablo Neruda)


O amanhã é o único caminho a seguir.Mas eu não posso evitar de sonhar o mesmo sonho!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Minha doença

Estou doente
Doente de amor
E isto não tem cura
Estou condenado à trágica doença.
Triste fim do sonhador
Contaminado por tão cruel doença
E quem pode imaginar
Quais os sintomas
Terrível doença há de me fazer sentir?
Que espalha-se por todo o meu corpo
Desacelera e volta a acelarar meu coração.
Febre.
De sentimentos,
Delírios,
Constantes,
Percebo que meu fim se aproxima.
Então
Eis que surge,como num passe de mágica
No noticiário da tv
A cura para todo esse mal
A cura para o amor é amar.
A doença resplandece na tua presença.
Enfraquece na tua ausência.
Minha cura,
É não te ver.
Minha cura é afastar-me de você.
Eis que fazê-lo-ei.

Pérola

Tanto tempo para acontecer
Tanto tempo de carinho
Tanto tempo,de amor
Acumulando-se os melhores
Sentimentos
Acumulando-se os melhores
Pensamentos
E iam-se também de acúmulo
Tudo quanto fosse bom.
Tanto tempo depois surge
Ela
Pérola
Tão bela
Alva,de quase sem cor
Pérola amada
Mas que nunca me amou.

A menina mais bela do mundo que eu ví

Aqueles olhos não eram normais
Olhavam algo que ninguém podia notar
Sorriso acanhado,de feições mortais
Sorriso que apaixona só de olhar
E que bela era a garota
Que vontade de cortejá-la
Pegar suas mãos,beijar sua boca
Afim de amar,afim de amá-la
Amarelo belo, novamente
Ou pela primeira vez, aparente
Linda,duvidava de certeza
Mas era ela,de tanta beleza
O tempo passou,e a admiração crescia
De maneira exponencial
Pena que a menina mais bela não me percebia,
Algo de todo aceitável,normal
O sentimento era amor
Mas voltou a admiração
Desta maneira poderei por
A menina mais bela do mundo que eu ví para sempre em meu coração.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Renúncia

Renuncio ao meu amor por ti
Andorinha
Que livre enfim deste enfadonho sentimento
Possas voar no infinito azul do céu.
Prefiro te ver livre
E feliz a bater suas asas
Do que tê-la em meus braços
E perceber que a infelicidade
Paira sobre seus olhos.
Quisera eu poder sempre
Te abraçar
E me sentir amado,confortado
Sob a luz do sol escaldante,
Reluz tua plumagem branca
Clara
Alegre
Amada
Livre.
Voa andorinha
Voa para os confins do mundo.
Ele é pequeno demais para você
Você é grande demais para meu desejo.
Te amo,
Só para mim.
Mas te amo.
Sofro por ti.
Mas te quero livre.
Assim poderei contemplar
O teu voo sublime
A fazer lindas manobras
Vida a fora,céu a dentro.
Seja feliz.

Texto - Setembro

Tinha programado iniciar Setembro com uma poesia.Essa poesia seria uma homenagem minha ao mês do meu nascimento.Acontece que não gostei do final.E mesmo estando bem comigo mesmo(Pelo menos eu acho!) resolvi que não vou postar ela.Esse mês pretendo(resolvi agora!) postar não mais que 10 poesias.Vou postar mais textos.Fiquei com uma ansiedade enorme em escrever textos,portanto caro leitor,não estranhe este humilde blog nesse bendito mês que inicia-se hoje.