terça-feira, 10 de novembro de 2009

Voa Asdrúbal

Pobre era o pato Asdrúbal
De dona Helefinha
Era um quack-quack-quack sinistral
Pra lá,pra cá.Ele vinha.
Manchado da cara ao rabo,
O pobre Asdrúbal sonhava voar.
Chegava a ser obcecado.
E quackquackquacká pra lá sem parar.
Um belo dia
Asdrúbal sorrateiro.
Viu como um passarinho fazia.
Ele entrou no galinheiro.
Sentia uma certa nostalgia.
Arribou-se pra cima de um puleiro.
E foi ali que acabou-se o seu dia.
Asdrúbal estatelou-se no chão,
Que de bico rachado ficou,
Além de pato,era bobão.
Asdrúbal quieto,chorou.
Um choro inconsolável
Que mais parecia o quack-quack-quack sinistral
Do começo da história.
Voa Asdrúbal.
Hoje ele continua tentando
Voar por cima da cerca de dona Helefinha.
Certo de que um dia irá conseguir tal façanha.
Ele não para,Ele não desiste,Ele persiste.
Nunca tinha visto algo assim.
Aliás,até tinha visto.
Ele me lembra um certo cara,
Que de teimoso que era,
Mirou a lua,
E abraçou a terra.
Voa Asdrúbal.
Até os confins do universo.
Quack!

Nenhum comentário:

Postar um comentário