quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Chuvendo

Silêncio
Agora toca o telefone
Ouço também a fina garoa
Caindo lentamente lá fora.
Aqui dentro,o suspiro de uma madrugada
Improdutiva de certo
Infeliz de longe.
Olho o teto
Enxergo longe
Você,seus olhos.
Sua maquiagem negra
Me fascina.
Silêncio
O telefone outra vez
Não quero atender
Parou agora.
A garoa agora tornou-se chuva
Cai pesada
Atrapalhando meu sonho
Sonho eterno com você.
Estou acordado
Agora carrego em mim
Uma dor triste,
Um pesadelo desconcertado.
Chove forte ainda
Começou a trovejar também
Um relâmpago se propaga azul saindo
Quarto a dentro.
No meio desse temporal
Fiz outra prece desesperada
Pedi ao meu anjo da guarda
Que me acertasse com a sua espada
Para que mate em mim a paixão desgraçada
E para que assim eu possa finalmente amar minha nova amada
De olhos fortes,de maquiagem negra.
Perfeita para mim.

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