domingo, 31 de janeiro de 2010

As violetas choram desde quando você partiu.

Um velho sonho entrou pela janela do meu pensamento
Trouxe junto consigo um desejo a tempos escondido.
Era algo que sonhei a vida toda e não consegui realizar.
Era você.Era eu.Éramos nós.
Um sentimento puro,de que me lembrava seu cheiro.
Seu rosto.Seu gosto.Seu tudo.
Esse velho sonho,era um bom sonho.
Sonhado através de tempos mais triste passados.
Arrependido de tê-la deixado ir.Talvez.
O sopro no meu rosto responde que sim.
Saudade de tua mão.De tua pele.De tua mãe.
Dos cachorros pequenos.Tão barulhentos.Mas que gostava tanto.
Teus olhos sinceros e de cor púrpura.
Violeta,minha cor,tua cor.Nossa casa.
Teu canto no nosso canto.
Teu corpo colado ao meu fazendo o nosso.
Sonho.Tudo isso era um sonho.Tudo foi um sonho.
A distância pode separar dois corpos.E dois corações.E duas bocas.
E quatro mãos e quatro olhos.
Foi cruel ao nosso amor.
A vida que seguiu foi pior ainda.
Caminhos distintos nos levaram à paixões que nos esqueceram.
Que fizeram nos esquecermos.Um do outro.E da nossa vida juntos.
Queria poder fazer o tempo voltar.E depois fazer o tempo parar.
No instante do último abraço.Aquele bem apertado.Que meu coração sente falta.
Sonhei um dia bom para nós dois.
Sonhei uma vida inteira juntos.
Sonho.
Só sonho.
Triste sonho.
Sonhei o que era impossível de se viver.
As violetas que plantei para ti,ainda choram sua ausência.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Ei de loucura um do pouco

Vou te dar-te um murro bem no meio dos teus olhos seus.
Vou te beijar-te bem no meio dos teus lábios seus.
Vou te amar-te bem no meio da tua vida sua.
Redundar-te é redundantemente reduntível
Inventar-te a ti só é mágico de fazer crochê
Vou te cantar-te suavemente bem no meio dos teus ouvidos seus.
Vou te tocar-te discretamente bem no meio dos teus cabelos seus.
Vou te enlouquecer-te elucidamente bem no meio do teu cérebro seu.
Redundante é o redundar do redundoso.
Invençar-te a ti trás prazer-me de alça com algodão doce.
Como todo amante,morro de amor e mordo dia amante.
Dos cacos dos meus sonhos distantes,fiz-te um anel para alegrar-te teu dia seu.

Quando for sair leve um guarda-chuva

Quando tudo cair a sua frente
Quando tudo mente honestamente
Quando tudo chorar sem querer te agradar
Sorria
Sorria sempre e mais bonito
Quando o sol perder a luz
Quando vento perder o carinho
Quando as estrelas perderem teus olhos
Sorria
Sorrio sempre e mais uma vez
Quando a dor te torturar
Quando a saudade te machucar
Quando a solidão te roubar os dias mais felizes
Sorria
Sorria sempre e mais para si mesmo
Quando o silêncio chegar
Quando o seu coração parar
Quando o fim te consumir
Sorria
Sorria sempre e mais sempre
Todos os sorrisos revelam a alegria de uma vida por trás deles.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Varanda suja.

A raiva devora-me a sanidade.
Detesto quando falo a verdade e você acha que é mentira...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O frio,A madrugada e O sol.

O frio a percorre todo seu corpo.
Sua pele arrepia-se tremendo o desconforto.
Está só.
Sua casa está vazia de esperanças.
Ela se foi.
Levou suas roupas,suas maquiagens,tudo quanto era coisa.
Levou os sonhos dele também.
Agora o frio parece-lhe maior.
Chove forte lá fora e o mundo parece desabar.
Troveja incessantemente.
Parece uma forma de irritá-lo.
- Como pudera deixar sua vida escorrer por entre seus braços
e ir ganhar outros abraços,abraços que ele nunca a negou -
Uma lágrima percorre sua triste alma agora.
O silêncio cria uma atmosfera de dor.
Pensamentos,sentimentos,desalentos...
Tudo indo e vindo como o balançar da mangueira na janela do quarto.
A saudade devora-lhe a sanidade.
Um grito de desespero escapa-lhe pelos olhos.
Sim,pelos olhos.
Os olhos dele falam toda sua tristeza agora.
Sangram também.
Tudo que passou a sua volta.
Volta a torturar-lhe.
A madruga avança mundo a fora.
Tornando negro o que já foi dia.
Tornando dia o que já foi negro.
O frio continua.
Um pequeno filete,um raiozinho laranja surge no horizonte.
Clareando os pensamentos sombrios.
Decide ir ver de perto,peito aberto a cruzar rumo ao mar.
Sente a areia gelada por entre os dedos dos pés.
Já não chove agora.
Com o raiar de um novo dia,seu coração enche de esperanças.
Todas elas que foram levadas nas malas de sua amada.
O sol parece provocar-lhe um sorriso.
O laranja se espalha e se espelha no mar azul.
Ele sente o frescor da manhã tocar-lhe o rosto.
O calorzinho do sol novo esquenta suas mãos antes frias.
Frias de dor,de medo.
Coragem! Grita-lhe alto um pensamento passante.
O sol agora encoraja-o.
Ele tem a certeza que sua dor passará.
Que seu frio passará.
E que por mais que chova nesta nova noite que irá iniciar.
Ele tem a certeza que não sentirá o frio da saudade.
O frio do vazio.
Resolveu-se com seu coração.
Resolveu que não era mais hora de chorar.
E sim de recomeçar.
Começar.
Hoje ele sabe que será mais feliz.
Inesperadamente mais feliz.
Inexplicavelmente mais feliz.
Hoje, o amor que ele dedicou a ela não lhe faz falta.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Agnes

Não sou alguém amável,que vive de falsidade para agradar os outros.Sou alguém que tem a certeza de que apenas diversão não leva à absolutamente nada.Do que adianta tem um corpo,um cabelo bonito e não ter competência alguma?Do que adianta aprender coisas fúteis,sem fundo moral algum,e ser um fracasso na sociedade?Sim,as pessoas se tornaram cada vez mais burras.
Simplesmente,não se pode viver de agrados e prazeres num mundo como este,em que a falsidade e a estupidez está cada vez mais presente na vida de cada ser humano.Já não se sabe quem é o aliado e quem é o inimigo.Não se pode mais seguir os passos dos outros,cada um deve seguir seu caminho,mesmo errando,sofrendo ou se machucando.A vida não é um conto de fadas,em que tudo é bom e belo,mas sim um jogo,em que há vitórias e derrotas,e existe apenas uma regra:sobreviver.

sábado, 9 de janeiro de 2010

O Pouco que sobrou

Nesse minuto de euforia quase absurda,
Parece torto o pensante quase morto.
Morto de viver por tudo aquilo que de preciso foi,
Tudo aquilo que de preciso for para andar por aí.
Nesse minuto de incerteza tão constante,
Nasce de pronto o sentido inconstantemente inconstatável
Que de olhar pela janela aberta,
Foi inimaginando o imaginável.
Solto de tudo do minuto absoluto e verdadeiro.
Nesse minuto de gratidão falsificada,
Ilusão qualificada,mata a mente de dor dormente.
Não foi um só coração que bem querer quis de tudo.
Um caminho,repousar,lugar,de amar.
Nesse minuto de êxtase aflorada,
O lar deixou de ter a essência de tudo que foi construído.
Nada de dia,nada de noite,nada de vida,nada de morte.
Há apenas a procura da sorte pelo bem querer que quis encontrar,
Encontrar uma mar onde possa se refrescar.
Refrescar de tudo que dos minutos foram passando,
E passando o deixou cheio de pó-de-ingratidão.
Torteando sua vista,acumulando arranjos em seu conforto.
A foto mais bonita,hoje encarta o desejo de viver o outro momento.
Quase todo lugar está corrompido ao seu desespero,de olhar e não ver nada.
Antes ele via,agora apenas um copo de café,um cobertor,e o frio a ranger-lhe os dentes.
Presenças indiscutíveis que tomando conta dessa dor que sangra-lhe o peito.
A luz dos olhos agora percorrem sua alma em busca do embora da penumbra que o aflora.
E penetra-lhe o pensamento de tudo que pode ser de mundo e fundo no poço do seu viver.


quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Vídeo - Skank - sutilmente




E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce
Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti.

Vídeo - Nando Reis - Pra Você Guardei o Amor



Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir

Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Pra você guardei o amor
Que aprendi vendo meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que arco-íris
Risca ao levitar

Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar

Escrever-te em um papel de bar.

Como meio,fim e avesso de tudo
Solto,inerte,atravesso o mundo
Relendo de tudo que me falaram de mal
Gozando de todos que me trataram a pal.
Mas não me guardo cheios de rancor por ninguém
Nem por você que soltou minhas mãos.
Nem por você que desprezou meu carinho.
Ao cruzar o mar de infinito azul,
Profundo de tormentas e lacerações,
Passou o tempo de ruins marés.
Não como dizer que foi de todo bom.
Mas também não foi de todo ruim.
Entendi,que entender as outras pessoas
É entender que não se deve entender.
Mas eu reencontrei minha felicidade neste fim.
E ela estava com saudades minhas,
Mais linda do que nunca,radiante.
Por quanto tempo eu estive carregando a dor de não te encontrar?
Por quanto tempo eu estive escondendo minha solidão atrás de falsos sorrisos?
Mas de uma coisa tenho plena certeza
Me agarrarei a este novo milagre.
Milagre de ter encontrado novamente,
Aquela que faz meus olhos ficarem mais fortes.
Início bom,de mãos dadas e juras de amor sem fim.
Espero poder ficar assim para sempre.
Que os teu olhos,tão ingênuos olhos,
Enxerguem sempre além do meu amor.
Que prevaleça o carinho,visto que o amor,mesmo que amando,
Torna-se vidro,que uma simples brisa pode estraçalhar.
Espero ver-te sempre que meus olhos te buscarem.
Você estará para sempre em meu coração.