sábado, 10 de outubro de 2009

Divina

Estranhos, como não, nessa distância,
Trocando confidência terna e pura,
Num tratamento ao prumo da elegância,
Ao zelo do elogio com ternura.
Sentidos virtuais das relações,
Carícias e promessas repetidas
Nos sonhos madrigais, nas sensações
Que em nossa alma sentimos refletidas
Ao lado da cama vazia, bebo vinho.
Eis-me entregue ao desejo, na saudade
De quem sequer o corpo eu adivinho!
Sobre a mesa, papel, caneta e a sobriedade
Composta pelos versos da verdade
Cortinando a ilusão dos meus caminhos.

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