sábado, 9 de janeiro de 2010

O Pouco que sobrou

Nesse minuto de euforia quase absurda,
Parece torto o pensante quase morto.
Morto de viver por tudo aquilo que de preciso foi,
Tudo aquilo que de preciso for para andar por aí.
Nesse minuto de incerteza tão constante,
Nasce de pronto o sentido inconstantemente inconstatável
Que de olhar pela janela aberta,
Foi inimaginando o imaginável.
Solto de tudo do minuto absoluto e verdadeiro.
Nesse minuto de gratidão falsificada,
Ilusão qualificada,mata a mente de dor dormente.
Não foi um só coração que bem querer quis de tudo.
Um caminho,repousar,lugar,de amar.
Nesse minuto de êxtase aflorada,
O lar deixou de ter a essência de tudo que foi construído.
Nada de dia,nada de noite,nada de vida,nada de morte.
Há apenas a procura da sorte pelo bem querer que quis encontrar,
Encontrar uma mar onde possa se refrescar.
Refrescar de tudo que dos minutos foram passando,
E passando o deixou cheio de pó-de-ingratidão.
Torteando sua vista,acumulando arranjos em seu conforto.
A foto mais bonita,hoje encarta o desejo de viver o outro momento.
Quase todo lugar está corrompido ao seu desespero,de olhar e não ver nada.
Antes ele via,agora apenas um copo de café,um cobertor,e o frio a ranger-lhe os dentes.
Presenças indiscutíveis que tomando conta dessa dor que sangra-lhe o peito.
A luz dos olhos agora percorrem sua alma em busca do embora da penumbra que o aflora.
E penetra-lhe o pensamento de tudo que pode ser de mundo e fundo no poço do seu viver.


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