domingo, 18 de julho de 2010

Quando eu cheguei das estrelas.

Era tudo tão igual
Tudo sempre igual
Ao qual,até mal,já me fazia
Espaço,lugar querido,que de tanto brilho
Me ofuscava a vista,
Me ofuscava a vida,
E já não me prendia mais em sua beleza.
Percorri o universo todo
Em busca de algo que eu nem de certo sabia o que era.
Tive medo,era uma sensação tão estranha.
Mas ao mesmo tempo me fazia tão bem,
Que continuei minha jornada procurando algo que necessitava
Sem saber se necessitava.
Então,passando pro planeta de lindo brilho azul,
Encantei-me com uma imagem que lá de longe me chamava a atenção.
Foi me aproximando devagar,receoso.
Afinal não era algo natural para mim aquilo tudo.
Quanto mais perto chegava,mas forte me batia o velho coração no meu peito.
Então quando fiquei bem perto,tão perto que podia tocar.
Percebi que mesmo perto o objeto de atenção era inalcansável.
Era uma mistura de sorriso frouxo e brilho contagiante.
Era uma mistura de explosão com serenidade.
Era teu sorriso,matuto,maroto,veludo,intenso.
Mas que não podia ser meu,pensei logo de início.
Os dias foram passando e a admiração só crescia.
Mas o tempo naquele planeta azul era curto como tinha que ser a vida de quem viaja nas estrelas.
Queria descansar em teu sorriso e morrer em teus braços, mas não pude.
Não pude tentar se quer ter e não te ter porque te tendo ia querer ter-te um pouco mais.
E para um viajante estelar como eu,a paixão não era algo permitido.
Então voltei a vagar pelo mesmo universo que já foi minha moradia.
Com esperança de quando voltasse para casa,poderia lembrar-te sempre que quisesse.
E esse querer foi tão constante que implorei ao destino que me levasse de volta,a qualquer hora.
Para ver seu sorriso de novo.
De porto seguro de solidão, meu corpo agora queria ser teu porto seguro de amor.
Mas não pude retornar,nem servir de porto para teu corpo.
Mas de todas as coisas que fiz na vida, apenas uma nunca irei esquecer,
A admiração pelo teu sorriso explosivo e sereno.
Irei te carregar em minhas memórias para todo o sempre.

2 comentários:

  1. Escondendo o jogo, Diogão? Não sabia que você escrevia. Grande abraço.

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  2. Nossa Diogo esse Poema é lindo, me emocionei ao ler....
    Ps.: Melanie..

    Boa vista Roraima

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