Passa o tempo
Corre,mas bem devagar
Passatempo
Escrevo-te em mesa de bar.
Feito sereno que finda na madrugada,
Teu corpo é veneno,
Que finda minha alma.
E quanto mais te desejo,
Menos de mim eu tenho.
Eu sou aquele mais um que te amou.
E tu fostes aquela intensa que eu amei.
Embaraçoso? talvez.
Mas se não fosse a tua valentia,
Ainda será que haveria,
Espaço para o amor?
O tempo que não perdoa,
É o mesmo tempo que me afeiçoa,
E transgride o sentimento que por ti,
Tenho exposto.
E do gosto,
Do rosto,
Um poço,
Se fim de meu amor por você.
Que mesmo ausente,
Se faz presente em meus versos.
E eu que tentei não mais escrever-te,
Passo o tempo,
A desenhar-te no meu papel branco sem forma.
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