segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Texto - A gosto.

Agosto foi um mês peculiar.Escrevi demais,vivi demais,sofri demais,sorri demais.
Fui eu,fui ela,fui seu,não para você.O mais importante,foi perceber que depois de todos esses anos,todos os relacionamentos que vivi,toda a carga experimental que absorvi,me serviram sim,mas não foram de todo ajuda.Quando se trata de amor,não há aquele que não tenha medo,não tenha dúvidas,não tenha desejos,não tenha fuga.Ainda mais quando ama-se uma amiga.O pior não é o sentimento dela não ser recíproco.O pior é a mundança de atitude.O afastamento da amizade.Por isso decidi não me revelar.Vou carregar comigo essa ilusão estéril.Prefiro ser lembrado sempre como um amigo,do que como mais um que amou-a e não obteve reciprocidade.Neste ponto,toda a carga experimental foi de grande valia.E apesar desse sentimento no peito,dessa agonia que me consome.Estou bem.Ela está bem.Só me resta agora esperar que o tempo se encarregue de me fazer esquecê-la.Esquecer o amor.Viver só da amizade - e às vezes me pego calado,pensando em você.Desenhando seu nome com os dedos,fazendo poesia para você.E foram tantas!Foram na medida da intensidade da minha ilusão.E agora meu bem,eu vou pra rua,pedindo ao tempo para andar mais rápido.Pedindo ao vento para não me soprar teu nome.Pedindo ao meu coração para não pulsar tanto quando te ver.Para que eu possa manter minha sanidade,preciso me desapaixonar!E não é fácil fazer isso.É preciso suprimir o desejo,o instinto,o sentimento.Coisa que não é de todo simples!Não é de todo fácil.Não é de todo aceitável.E às vezes,eu queria ter raiva de você.Na raiva, indelicadas palavras são ditas ou escritas ou sentidas.Se eu sentisse isso...Te esqueceria.Agosto foi um mês produtivo, apesar de tudo.Graças a ele,antes do que eu previa terei material para enviar ao Clube de Autores.Agora são 257 poesias,de todos os tipos,formas,sentimentos...Sentimentos...Eles que movem o mundo silenciosamente ou não,graciosamente ou não.Com poder destrutivo,de construir também.Não há meios de fugir da dualidade.Não há meios de fugir dessa Ilusão Estéril.Muitos me perguntam porque um blog que tem poesias que falam de amor se chama "Ilusão Estéril"? Ora! É simples! E a própria definição das palavras exprimem isso.A ilusão é uma confusão dos sentidos que provoca uma distorção da percepção.Já diz-se estéril um organismo incapaz de se reproduzir.De gerar frutos.Se o amor não for uma confusão dos sentidos que provoca uma distorção da percepção e que por isso é incapaz de gerar frutos,pouco diferente disso não é.Eu sei que é uma visão um pouco radical.Mas é o que acontece na maioria das vezes.Não estou com isso dizendo para não amarem.Ou que eu mesmo não amo.Ou que não desejo amar.Estou apenas dizendo que é difícil.Complicado.E com esse texto-desabafo,encerro os post's de Agosto.Ilusão Estéril rumo às páginas de papel.Que venha Setembro, e com ele boas novas,com ele novas inspirações.Uma nova idade virá.Tomara que venha também uma nova vontade.

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