sábado, 9 de maio de 2009

O céu estava laranja

Fechou os olhos.
Pra sempre.
Foi-se um existência.
A melhor de todas as vidas.

Com a cabeça em movimento.
Roda o tempo,corta o vento.

Chega a hora da visita.
Chega a triste notícia.
Seu corpo diminuto.
Triste...cai a lágrima do sofrimento.

Outra lágrima segue e segue...segue.
Uma infinidade.
De repente o silêncio.
E as lembranças vindo de mãos dadas.
Uma a uma confortam o corpo grande.
E nele habita o vazio da saudade.
Bicho minúsculo que cresce vorazmente a cada segundo.

Sai o cortejo.
Rumo a terra eterna.
Pra junto do amor eterno.

Ele de mãos dadas a Ela já agora.
Felizes.
O sofrimento acabou.
Tantos foram os anos de luta.

Segue a noite e a dor a corroer.
O cansaço invade a tudo e a todos.
Os que estão longe sofrem em dobro.
A distância aumenta a dor.

Chega o dia marcado.
Cada segundo de despedida é eterno.
Aí vem os amigos,os parentes...Gente que acompanhou esse tempo todo.
E os que não puderam vir,estão presente em pensamento.

Enfim,todos presentes.
Chega a hora da despedida.
O peso de todo o mundo em 60 kg.

Segue o choro,a dor e a impressão.
Impressão que no fim valeu cada segundo de atenção dedicada,de carinho despendido,de dedicação.
Os últimos foram os mais dolorosos e gratificantes.
Gratificantes porque no fim,prevaleceu o amor.

Maria Elisa de Aguiar Prado,Para sempre Dona Nita.

E no fim sobrou apenas o silêncio.

(Diogo Henrique Aguiar Prado Pereira,eternamente grato a vó que ele tanto amou.)

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